O MUSEU NACIONAL DE ARTE ANTIGA

No século XIX, os Museus multiplicaram-se na Europa, não sendo Portugal exceção. A estes eram cometidas as funções de conservar, expor e aumentar o património artístico das nações, apontando-se também a função didática, reservada inicialmente a artistas e eruditos, fornecendo modelos aos primeiros e objetos de estudo aos segundos.

Nasceu assim, em 1884, o Museu Nacional de Arte Antiga, com um espólio de mais de 40.000 peças, tendo na sua posse o maior número de obras classificadas pelo Estado como “tesouros nacionais”, o que permite a quem o visita, uma “viagem” por oito séculos da nossa História e cultura. 

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SOCIEDADES DE AMIGOS DE MUSEUS E MONUMENTOS NA EUROPA

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No princípio do século XX a tarefa de cuidar dos monumentos e obras de arte, apesar de ser reconhecida como dever do Estado e das Municipalidades, não excluía a possibilidade de intervenção de particulares que, individualmente ou sob a forma de associação, tomavam a iniciativa de colaborar de várias formas. Paralelamente, surgiam na Europa, ligados aos principais estabelecimentos museológicos, as sociedades de Amigos de Museus ou Monumentos que se assumiam colaboradoras, ou mesmo protetoras destes visando canalizar esforços e dinheiro para a causa cultural, empenhando-se assim diretamente, como sociedade e como indivíduos, na preservação da obra de arte e na sua divulgação, prestando um contributo cívico para a educação e sociedade de que faziam parte. Entre os mais antigos Grupo de Amigos podem mencionar-se a Societé des Amis du Louvre, fundada em 1897 e Societé des Amis de Musées Royaux de L’État à Bruxelles, em 1907.

UMA ASSOCIAÇÃO PIONEIRA EM PORTUGAL

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Em Portugal, em 1909, o intelectual e colecionador Francisco Falcão lança a ideia de se organizar um Grupo de Amigos do Museu de Bellas Artes que teria como missão comprar obras de arte de forma a engrandecer o museu e ao mesmo tempo impedir as suas saídas para o estrangeiro. Expôs a sua ideia ao Dr. Alfredo da Cunha, que como Diretor do jornal Diário de Notícias, tinha à sua disposição um poderoso meio de divulgação. Tendo conhecimento desta ideia, Dr. José de Figueiredo, que vinha ao encontro das suas preocupações, deu início ao Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga no dia 27 de abril de 1912 com uma primeira reunião com os sócios fundadores, dos quais se destacam nomes como D. José Pessanha, Ministro José Relvas, Afonso Costa, António José de Almeida, Manuel de Brito Camacho, grandes nomes da vida artística como Columbano Bordalo Pinheiro, José Veloso Salgado, Afonso Lopes Vieira, Guerra Junqueiro, o ator Augusto Rosa, e mais tarde, Almada Negreiros, António de Medeiros e Almeida, Ernesto Vilhena, Antenor Patiño e Calouste Gulbenkian.

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Pioneira em Portugal, uma das mais antigas do mundo e reconhecida, em 2009, pelo Estado Português como Utilidade Pública, tem como missão contribuir para salvaguardar e preservar o nosso património, valorizar e enriquecer as coleções do museu e de Portugal, mantendo-se como uma força autónoma na defesa dos interesses culturais do seu Museu junto dos poderes políticos e tutelares.

Desde a sua fundação, o GAMNAA tem apoiado e colaborado com o MNAA na realização, desenvolvimento e divulgação dos seus programas e projetos; na aquisição e restauro de obras de arte; na valorização da sua biblioteca; na reestruturação de espaços na organização de exposições temporárias e de conferências, contribuindo de forma decisiva para o enriquecimento das coleções.

Em paralelo, o GAMNAA tem desenvolvido atividades próprias, promovendo eventos, cursos de arte, workshops, conferências, visitas culturais em Portugal e no estrangeiro, e outras iniciativas.

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